🤔 Para Refletir :
"Poucos sabem do que somos feitos. Sonhos não passam da realidade na qual a mente humana gostaria de vivenciar."
- Yonori Akari

Starfield contra adultos infantis

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02 de Setembro de 2018
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Reclamar de jogo na internet é uma das coisas mais comuns entre jogadores cada vez mais insatisfeitos. Os motivos são os mais variados, alguns bem fundamentados, outros nem tanto. Apesar de todos os avanços tecnológicos e de todos os investimentos nessa indústria, os jogos, produtos dessa indústria, tem encontrado obstáculos cada vez maiores em agradar os jogadores.

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Ao que parece não basta o jogo possuir qualidades técnicas de produto, se ele não atender às expectativas do jogador, ele simplesmente se torna alvo não apenas da crítica, mas do ódio extremo. O grande problema é que nenhum produto consegue agradar a todos os públicos e alguns jogadores não conseguem entender que ele pode não estar contido dentro do público alvo daquele jogo / produto.

Por isso, antes de investir tempo em um jogo, o jogador deveria se perguntar: “esse jogo é pra mim?”. Com a grande facilidade de acesso à informação que temos hoje, uma pessoa só adquire um jogos saber nada sobre ele se for muito preguiçosa. Por esse motivo falas como “o jogo não atendeu minhas expectativas” não me convencem como desculpa para falar mal de um jogo. Cada um é responsável por suas próprias expectativas e como adulto é preciso saber lidar com isso — o que me leva a crer que o grande responsável pelo ódio desenfreado a certos jogos tem início na falta de maturidade dos jogadores.

Considerando que maioria das pessoas que professam opinião sobre jogos publicamente são adultos, em sua maioria homens, a falta de maturidade me parece um problema ainda mais grave. E a gravidade disso é que considero ser muito mais fácil educar um jovem ou uma criança do que um adulto, por isso o problema de termos tantos adultos infantilizados me parece não ter solução em um horizonte próximo.
 
Complicado, não tenho muito o que debater por aqui, apenas em concordar com sua afirmação, apesar de estar por fora do que é Starfield e o que houve para receber muitas criticas.

Tive de assistir um vídeo sobre o jogo, opinião dos youtubers :rolleyes:
Vamos aos pontos que citaram no vídeo, resumidamente com pouco da minha opinião enquanto termino de assistir o vídeo:

1 - Feição dos personagens parece não adequar aos moldes dos jogos atuais... isso é complicado, pois para mim vendo amostras que eles mesmo exibiram, eu achei satisfatório, é como se eu estivesse vendo sommelier de gráfico em todos os lugares. Eu sei que o pixel arte vai me atrair mais para jogar, porém nunca deixei de jogar jogos com gráficos em 3D, simplificado, preto e branco, game boy color...

2 - Exploração, quantitativos de planetas e coisas a se fazer... isso me lembra a polêmica do No Man Sky, pelo visto prometeram muito, mas não foi cumprido levando anos por meio de atualizações até chegar na ideia original. Talvez esse jogo passe pelo mesmo? Não sei, mas na fala do comentarista, eu penso que talvez seja algo relacionado ao realismo+ciclo sem fim nos jogos ou como você @DadoCWB pontuou sobre você ser ou não, o público do jogo.
Vamos refletir... Quando eu jogo por exemplo:
- The Sims, eu melhoro meu personagem adquirindo habilidades, melhoro o emprego dele, relaciono com outro Sims, aumento (área construída/móveis) a minha casa ou compro um lote para construir, eu caso com o Sim, tenho o filho.... chega um ponto que esse ciclo ou quando você explora todas mecânicas, e as expansões dão uma sobrevida ao jogo, você começa a sentir que já fez tudo, não tem nem motivação para continuar jogando. Sou da época do 1, fui jogar o recente, 4, onde tem apartamento? Mal consegui jogar e desinstalei, porém já o Castaway eu fui até o fim, explorei o máximo que pude e consegui sair da ilha por uma das 3 rotas, fiquei muito satisfeito com a experiência.

- MineCraft, explorei minas, os outros mundos, construí bases de formas diferentes para evitar os monstros, sei que tem uma base forte de pessoas que constroem vários tipos de coisas dentro do mundo, porém sempre tive aquele sentimento de vazio, até começar a jogar online e interagir com outros jogadores, descobrir os servers onde tinham vilas/cidades grandes e dungeons para explorar... porém ainda continua não tendo um fim.

Então independente das promessas, implementações ao jogo, na minha opinião se ele tiver apenas exploração como foco, mesmo que procedural, você se cansa, vira uma rotina para quem não está acostumado.

3 - Não possui Mini mapa, se o foco é exploração vertical e horizontal, me parece um erro. Citam que as cidades são enormes, não sei a que nível de comparação e se é algo muito homogêneo, pois mesmo eu achando GTA grande, eu lembrava onde estava pelas vias principais e construções especificas, sendo necessário acessar ao mapa esporadicamente.

4 - Imersão de +, esse eu acho cômico, eles próprios presam pela imersão, mas quando é proposto, ficam se coçando para avançar o mais rápido possível as cenas e loading de 20 segundos...

5 - Muitos Recursos, outro ponto sem nexo para mim, pois se o jogo tem a proposta de exploração, é obvio que ele teria muitoooos recursos, não acho que seja um fator negativo. Eu mesmo joguei bastante Project Zomboid, foco em sobrevivência, não tem fim, tem itens de tudo que você imaginar, tem o fator peso ao jogador que te afeta no status para combate, sede, fome, movimentação e você pode melhorar seu personagens treinando aeróbicos e com halteres para subir a capacidade de carregar mais objetos e dano físico... tem limitação em contanier que você pode guarda os objetos e cada objeto tem um peso, então você deve ministrar o que pegar, o que é necessário no momento e se sua base comporta, etc. É a proposta do jogo.

6 - Demora engrenar. Não tenho muito o que falar, como citei anteriormente o Zomboid, ele propõe ser um jogo de sobrevivência realista, ele também não te explica nada, o tutorial é bem simples e você aprende na tentativa e erro, eu morri muitas vezes, das formas mais bobas que imaginei, porém eu continuava a retornar ao jogo, criava outro personagem, upava as skill todas novamente tentando sobreviver ao máximo que podia no mundo sem energia e água tratada e mesmo que visitasse a mesma cidade outras vezes, os loots/carros/posição de zumbis eram diferentes a cada mundo gerado.... Porém, depois de jogar 980,8 horas na Steam, explorando todas cidades, modos e mods do jogo, visitando servidores nacionais e internacionais eu cheguei no mesmo ponto que citei no item 2. Parei de jogar há algum tempo, eu sei que houve adição de animais, melhora no sistema de pesca, adição de subsolos, mais itens... Só que ainda estou convicto que mesmo se eu retornar ao jogo hoje, não irei jogar tanto quanto a primeira vez e logo irei me enjoar e deixar de jogar.

Eles apontaram outros pontos e sistemas existentes no jogo, porém para dar minha opinião eu deveria jogar.

Enfim, acabei escrevendo mais do que imaginei enquanto assistia e pausava o vídeo. Penso que qualquer jogo pode te prender por horas, não pelo gênero dele, mas qual bem ele foi montado e no que ele propõe com os sistemas, temáticas... sempre terão pontos positivos e negativos para os jogadores, não significa que o jogo merece ser julgado como pior do mundo.
 
Última edição:
Primeiramente precisamos levar em conta que é um jogo da Bethesda, uma empresa que não nasceu ontem e tem sua própria forma de criar jogos. Quem conhece a empresa e sua história sabe o que esperar dela. Eu to esperando esse jogo desde a E3 2021 pois adoro o gênero e ele me remete muito a um jogo de tabuleiro que tentei fazer lá em 2013 e sendo bem honesto, estou muito empolgado pra jogar.

Em segundo lugar, a pergunta que eu faço é: “quem está reclamando?”. Ao menos na internet, eu tenho percebido que que tá reclamando, geralmente são pessoas com predisposição a isso, umas por se retratar de um jogo da marca Xbox, outras por desconhecer a proposta da Bethesda para este jogo e outras por esperar do jogo algo que ele não é. Acho que essas pessoas estão muito acostumadas aos jogos da Ubisoft, onde a empresa “pega na mão dos jogadores” e os leva pra lá e pra cá em um tipo de “exploração guiada”. Não sei se você consegue perceber que tudo que falam mal do jogo, não é problema do jogo em si, mas picuinha de jogador?

Na Steam esse jogo tá custando R$ 299,00. A pessoa que vai investir essa grana em um jogo, ou em qualquer coisa, deveria no mínimo se informar para saber se o jogo “se encaixa dentro do seu perfil como jogador”. Starfield é um RPG de mundo aberto, onde você explora o universo e uma cacetada de planetas.Não é uma experiência cinematográfica e linear como alguns jogos bastante cultuados por certos jogadores. Não é um jogo que se passa em uma única cidade e você sai por aí roubando carros, Starfield constrói em tempo real um uma simulação do universo.

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O jogo foi lançado em 5 de Setembro, a nada impede que a empresa lance melhorias gráficas e lance atualizações para corrigir/otimizar o jogo. Algo que parece ter virado praxe na indústria. Aliás, lembro que Elden Ring foi lançado com sérios problemas de performance e não me lembro de ter metade dessas reclamações. Aliás o mesmo pessoal que tá dando nota baixa pro jogo, me parece ser os mesmos que ameaçaram de morte um crítico que deu nota baixa pro God of War Ragnarok e estão assediando a Alanah Pearce por estar se divertindo com Starfield.

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fonte: Game Vício

Então eu acho que todo mundo tem direito a ter sua própria opinião sobre um jogo/produto ou serviço. Todos devem ter a liberdade para expressar o que acha, ainda mais se tiver pago por ele. É sempre bom lembrar que o código do consumidor tá aí para nos defender e a maioria das empresas permitem que você use o jogo por um tempo e se não tiver gostado seja ressarcido pela devolução. Mas o que tenho visto não me parece ser uma insatisfação com o jogo, mas um "ódio" contra o que esse jogo representa e contra quem está se divertindo com ele.
 
Não sei se você consegue perceber que tudo que falam mal do jogo, não é problema do jogo em si, mas picuinha de jogador?
Foi o que notei durante o vídeo enquanto eles explicavam as mecânicas do jogo e depois vinham com a critica, ali eu senti que o jogo não é para eles, como pode ver no item 4 a 6.
Na Steam esse jogo tá custando R$ 299,00. A pessoa que vai investir essa grana em um jogo, ou em qualquer coisa, deveria no mínimo se informar para saber se o jogo “se encaixa dentro do seu perfil como jogador”.
Talvez, não sei como funciona esses avaliadores de conteúdo pela internet, ganham os jogos para divulgarem e fazerem as devidas criticas, esse peso na consciência de "compro esse jogo ou outro, o valor é R$299,00, hmmm, acho que vou procurar saber mais sobre o jogo para valer meu dinheiro e tempo..." não chegue para eles. Agora para quem não é youtuber e segue sendo agressivo ao jogo, bom, talvez estejam seguindo seus respectivos ídolos no efeito manada.

Mas o que tenho visto não me parece ser uma insatisfação com o jogo, mas um "ódio" contra o que esse jogo representa e contra quem está se divertindo com ele.

Me espanta saber que isso vem acontecendo no ambientes dos jogos, se igualando aos absurdos que vejo nos comentários de quem prega lado E e lado D. Não que eu seja ignorante ao ponto de não perceber isso em outros assuntos, como religião, futebol, cultura pop... mas fico triste em saber que os games são afetados.

Me levando a concluir que, independente do assunto, nós como seres humanos de modo geral sempre seremos assim. Como quando adotar posturas que irão ofender e denegrir alguma pessoa, não será pelo o que ela é ou gosta de fazer, mas para inflamar um ego de superioridade, talvez preencher um vazio na vida pessoal que não está mil maravilhas.
Preocupante isso, é muito fácil você criar uma conta nas redes, criar um e-mail qualquer, colocar um avatar qualquer que não o identifique e começar a escrever e escrever formas para desestabilizar a pessoa, essa que expõe seu nome, imagens, amigos e as vezes até seus parceiros sofrem juntos (lembro do casal chorando por jogar Hogwarts). O comentarista ou youtuber não conhece seu público verdadeiramente e você não conhece seu youtuber também, essa exposição toda e acompanhamento constante dá essa falsa ilusão de vocês se conhecem ou tem uma ligação próxima, eu acho que é um motivo das pessoas na internet agirem como se aquele cara fosse um próximo de você e lhe desse direito a falar o que bem entender.
Eu trabalhei com parente próximo, quem via de fora do ramo em que eu atuava achava que era mil maravilhas, tinha mais liberdades, nos dávamos bem, mas não é bem assim, em alguns momentos sempre brigávamos/desentendia verbalmente ou como agíamos um com outro era mais ácido/grosso/seco apontando falhas e erros um no outro a ponto de nem estarem relacionados ao serviço em si, diferentemente de como tratávamos com outras pessoas que não me conhecia e nem a ele. Já quem era do ramo notava isso, já que esses desentendimentos começaram a ficar visíveis e eu passei a notar também, até considero isso tardio hoje, era desgastante para ambos, ao ponto de eu decidir me afastar mesmo recebendo um proposta melhor, eu ainda não deixaria de lidar com ele e continuaríamos a desgastar essa relação que temos de 27 anos.

Hoje infelizmente a internet proporciona isso, não acho que ela deva ser limitada ou censurar toda essa liberdade, mas deveria ter tomado medidas cabíveis judiciais com multas para assim os usuários que adoram causar o caos sofrer no bolso e sentir que palavras também fazem parte das suas responsabilidades, seja criança ou adulto.
 
Eu entendo que o EGO desse pessoal que faz vídeo pra internet é maior do que a própria sensatez e por isso eles sentem uma vontade muito grande de afirmar o tempo todo que a preferência pessoal deles deve ser encarada com uma espécie de Lei Universal. E não é. Gosto é gosto. Não gostar de uma determinada mecânica não implica que ela seja ruim ou não possua qualidades. É mais nobre a pessoa dizer: “não gostei disso ou daquilo” do que ficar inventando picuinha para desmerecer a mecânica ou o que quer que seja do jogo.

Outro problema desse pessoal é que eles não estão nem aí pra qualidade do “conteúdo” que estão fazendo. Eles querem apenas surfar no “assunto do momento” e ganhar visualização e engajamento. Só isso me explica alguém que não gosta do gênero espacial, por exemplo, fazer um vídeo sobre um jogo que é um RPG espacial e apontar isso como um problema. Ou reclamar a dificuldade de Dark Souls.

Isso tudo me lembra de uma pessoa que experimentou um jogo que eu publiquei no ano passado e depois ela me disse que não havia gostado do jogo. Respondi que tudo bem e ficaria feliz em saber do que ela não gostou. A pessoa disse que os gráficos eram muito ultrapassados, que o jogo não tinha história e que aquele era só um joguinho de marcar pontos. Eu agradeci a ele pelo feedback e encerrei a conversa.

Já esse comportamento de torcida, eu acho que é uma das coisas mais problemáticas em qualquer nicho. Isso porque a pessoa se pré-dispõe a defender um lado e atacar o outro a despeito de qualquer lógica, bom senso, respeito e em alguns casos até mesmo a despeito do que a Lei diz. Não acredito que seja culpa da internet, mas admito que esse comportamento é muito potencializado por ela. Diante disso, os líderes e animadores de torcida alimentam a expectativa de seus seguidores, incentivando o ódio, enquanto são retroalimentados financeiramente.
 
Fanáticos.
Como diria meu amigo Adoradores Violentos de Jogos. Adoram tanto o jogo como time de futebol, não aceitam que falem mau do objeto de culto deles. Pessoas sem religião cultuam qualquer coisa que aparecer pela frente.
 
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