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Notícia Suikoden I&II Remaster lançado

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11 de Fevereiro de 2017
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Salve, pessoal do Condado!

Para os fãs de jogos clássicos que ainda não sabem, acabou de ser lançada uma coletânea remasterizada com os dois primeiros jogos da franquia Suikoden, ambos os títulos publicados originalmente no PS1 pela Konami. O segundo jogo em particular é considerado por alguns não só o melhor da franquia, como um dos melhores RPGs já feitos.

A franquia Suikoden é baseada no clássico livro chinês Margem da Água, de Shi Nai'an, e se trata de uma série de RPGs de turnos com algumas características que o distinguem de seus colegas de geração. Um dos principais elementos da saga consiste nos enredos mais sérios, que não tratam de um punhado de amigos adolescentes protegendo o universo inteiro de um mal externo usando os poderes da amizade, mas de conflitos militares entre diferentes regiões, facções e tribos do mundo, resultando num enredo com intrigas políticas e morais cinzentas.


Outra característica que define a saga é possibilidade de recrutamento de mais de uma centena de personagens para seu exército (embora "apenas" algumas dezenas deles sejam jogáveis), resultando num alto fator de "colecionismo" para o jogador. Embora outros jogos como Chrono Cross e Radiata Stories tenham explorado elemento semelhante, nenhum deles atinge a mesma escala de Suikoden, em que reunir as 108 "estrelas do destino" tem importância não apenas de jogabilidade, mas impactam diretamente no enredo do jogo e até mesmo seu desfecho. Conforme você convence mais e mais pessoas para sua causa, a base do seu exército começa a crescer, surgindo mais opções de jogabilidade, como teletransporte e lojas, e até mesmo minigames.

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A jogabilidade básica consiste num RPG de turnos clássico, com algumas características que o acomodam para mais personagens jogáveis. As batalhas são ágeis, onde os 6 personagens principais atacam simultaneamente caso os alvos sejam diferentes. O sistema de equipamentos é um pouco simplificado, e cada herói tem uma única arma que vai sendo fortalecida ao longo do jogo via ferreiro. Isso simplifica a vida do jogador, que não precisa ficar fazendo update das armas e armaduras de todos os personagens jogáveis a cada nova cidade.

O jogo ainda possui alguns minigames importantes, incluindo duelos 1 a 1 contra líderes de facções rivais, e batalhas entre exércitos que focam em elementos de estratégia.

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O sistema de magias também é um pouco diferente. Os heróis possuem um sistema de pontos por rank, e podem usar as magias das runas com que estão equipados. Um personagem com MP 3/2/0/0, por exemplo, pode usar 3 magias de nível 1, 2 magias de nível 2 e nada mais adiante até descansar numa estalagem (um sistema bem semelhante ao usado no primeiríssimo Final Fantasy). Claro que esse pontos evoluem com os níveis do jogador, e runas diferentes podem desbloquear magias novas com o tempo ou dependendo da história.

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Pessoalmente, um detalhe pequeno mas que sempre me chamou atenção em particular nesses jogos é que seus dois personagens principais não usam espadas como arma. O herói do primeiro título usa um bastão, enquanto o do segundo talvez seja o único personagem da história dos videogames a usar um par de tonfas - semelhantes a cacetetes policiais modernos, com empunhadura lateral - como única arma principal. Relevante ou não, é mais um exemplo de detalhe numa era da indústria dos jogos em que empresas grandes arriscavam criar suas franquias de RPG com características próprias e não-formulaicas, onde a não necessidade de sucesso absoluto imediato permitia maior grau de liberdade criativa e não encarcerava seus desenvolvedores em tendências obrigatórias de mercado.


No mundo do RPG Maker?

Uma curiosidade envolvendo Suikoden no mundo dos RPG Makers é que a franquia foi a principal influência de alguns dos títulos de maior reconhecimento nesse nicho do RPG Maker das antigas. A trilogia Legion Saga é assumidamente inspirada nos títulos agora remasterizados, com alguns aspectos replicados praticamente de 1 pra 1, e exemplificam na minha opinião o grande ponto desse mundo do desenvolvimento amador de games: um jovem garoto fãs de RPGs exercitando sua criatividade e sendo capaz de replicar sozinho seus títulos favoritos com pouca ou nenhuma experiência em programação, arte, escrita, design ou o que for. É a pura vontade de fazer jogos, sem medo de ser feliz.


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Numa possível tendência de reviver jogos e séries antigas que ficaram abandonadas por tantos anos, inclusive com a tentativa do criador da franquia de fazer um sucessor espiritual chamado Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes, a volta de Suikoden parece ser uma boa notícia para os jogadores da velha guarda, e quem sabe pode mostrar que esses jogos ainda tem algum potencial de mercado, uma vez que seus fãs seguem eternamente fiéis, mesmo que por vezes sua paixão acabe não-correspondida. Alô, Breath of Fire!






E você? Já jogou algum jogo da franquia? Gostaria de ver outra série de jogos recebendo o mesmo tratamento ou sendo lembrada por seus criadores? Deixe sua opinião!




 
Última edição:
Essa franquia é maravilhosa!

Eu tô esperando pra eles lançarem todos, mas do jeito que a Konami é, acho que fica difícil...
O 3, 4 e 5 não venderam tanto pelo visto e não ficaram tão conhecidos quanto o 1 e o 2.
 
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