"O medo é o alimento que a mente precisa para mostrar tuas fraquezas..."
Vou ser direto nos tópicos de discussão, retirando o manto interpretativo que tanto aprecio e ser apenas eu mesmo, Omar Zaldivar, desenvolvedor e que assim como muitos se não todos os que estão aqui, acumulou alguns fracassos no processo de DEV. Pode parecer um tanto martirizante ou sádico falar desse tema, a final estamos tratando de momentos inerentemente ruins na carreira. Mas eu acredito e creio que alguns também devam acreditar que esses fracassos serviram como grandes lições, experiências a respeito do que não fazer ou como melhor proceder em determinados casos:
Como sugeri o tema vou começar contando uma experiência recente e que me serviu de grande aprendizado, e que poderá servir como uma grande lição para desenvolvedores mais jovens, é uma prática bem comum que eu percebo que acontece muito, mas muito mesmo, neste universo no qual nos estamos inseridos; eu gosto de chamar de "SINDROME DO AI MEU DEUS PERDI O CONTROLE", vamos ao relato.
Em 2019 aconteceu um grande evento de desenvolvimento de jogos de RPG Maker pelas interwebs, a famosa MAKERS JAM 2019, foi um evento bem grande, houve uma grande quantidade de inscritos, provavelmente alguns daqui da Condado deve ter participado, foi minha primeira JAM, o prazo máximo de entrega eram de duas semanas. Eu estava motivado, tinha confiança que poderia apresentar um conteúdo bacana e no dia que o tema foi divulgado e pegou todo mundo surpresa ao ser QUALQUER COISA, não havia um tema, a imaginação era o limitante, minha mente explodiu loucamente e comecei a construir em minha cabeça os planos para o que fazer. Primeira decisão que tomei foi:
USAR SOMENTE O RTP E UM ÚNICO PACOTE GRÁFICO DE ÁRVORES DIFERENTES MAS COM CARACTERISTICAS SEMELHANTES AO RTP
UM JOGO FORTEMENTE BASEADO EM ENREDO
COMBATES NÃO SERIAM O FOCO, MAS HAVERIAM
Com isso me mente encontrei um tema o qual gostaria de trabalhar, envolvia um pouco da mitologia cristã, com os clássicos elementos do apocalipse, anjos, demônios e suas influencias sobre a humanidade, estava tudo bem, estava pronto... mas... foi aí que tudo desandou e eu só percebi no final do processo. Eu me apaixonei pela ideia e simplesmente perdi o controle sobre ela, parecia que eu havia esquecido que estava fazendo um jogo para uma JAM, onde os juízes só iriam jogar 30 minutos, fui desenvolvendo e tecendo um universo pulsante ao redor do projeto, queria desenvolver tudo com calma, contando as coisas com detalhes, derramei enxurradas de textos, cutscenes, personagens, uma criatura apaixonante e descontrolada foi crescendo em minhas mãos e como eu estava imerso, simplesmente não percebi.
Eu consegui colocar tudo o que eu queria naquele projeto, porem o tempo praticamente estourado, me prejudicou um pouco para acertar os detalhes. De uns quarenta e tantos projetos submetidos acabei conquistando uma posição até interessante, se for colocar por ordem de notas, estava em décimo oitavo lugar e a principal crítica era. O jogo tinha um desenvolvimento lento, o jogo era devagar para começar, os juízes só jogariam 30 minutos e tinham muitos outros jogos para jogar, meu game não apresentava uma proposta dinâmica que mostrava para o que tinha vindo, ele foi pensando para ser algo muito maior, não para participar de uma JAM, eu simplesmente havia perdido o controle do projeto e ele cresceu além do que deveria, hoje ele está guardado com carinho e esperando voltar a luz do dia para prosseguir.
Essa experiência da JAM de 2019 me serviu muito bem para sentar e pensar, o que eu havia feito de errado, onde eu tinha errado, não foi fácil admitir que o erro tinha sido ter dado asas grandes demais a criatividade e a inspiração, coisas que sempre me acompanharam a vida toda, mas foi isso que aconteceu, eu não foquei no objetivo correto, que era o evento, foquei no meu próprio ego, em querer apresentar aos juízes algo grandioso e um espaço de tempo e em um evento onde isso não fazia sentido, jogos para uma JAM devem ser certeiros, devem mostrar para o que vieram e cativar rapidamente. Essas lições foram importantes demais para mim como desenvolvedor e refletiram muito em um segundo momento de grande experiência como DEV, que se quiserem posso contar enquanto discutimos estas questões, então seguindo o exemplo do formato da discussão proposta pelo Professor B, abaixo segue duas perguntas.
1 - Você já teve algum projeto que fracassou? Poderia contar essa experiência para nós?
2 - Esse fracasso lhe resultou alguma lição que você aprendeu e que levou para um projeto posterior?
Espero vocês para uma boa troca de palavras escritas.
Como sugeri o tema vou começar contando uma experiência recente e que me serviu de grande aprendizado, e que poderá servir como uma grande lição para desenvolvedores mais jovens, é uma prática bem comum que eu percebo que acontece muito, mas muito mesmo, neste universo no qual nos estamos inseridos; eu gosto de chamar de "SINDROME DO AI MEU DEUS PERDI O CONTROLE", vamos ao relato.
Em 2019 aconteceu um grande evento de desenvolvimento de jogos de RPG Maker pelas interwebs, a famosa MAKERS JAM 2019, foi um evento bem grande, houve uma grande quantidade de inscritos, provavelmente alguns daqui da Condado deve ter participado, foi minha primeira JAM, o prazo máximo de entrega eram de duas semanas. Eu estava motivado, tinha confiança que poderia apresentar um conteúdo bacana e no dia que o tema foi divulgado e pegou todo mundo surpresa ao ser QUALQUER COISA, não havia um tema, a imaginação era o limitante, minha mente explodiu loucamente e comecei a construir em minha cabeça os planos para o que fazer. Primeira decisão que tomei foi:
USAR SOMENTE O RTP E UM ÚNICO PACOTE GRÁFICO DE ÁRVORES DIFERENTES MAS COM CARACTERISTICAS SEMELHANTES AO RTP
UM JOGO FORTEMENTE BASEADO EM ENREDO
COMBATES NÃO SERIAM O FOCO, MAS HAVERIAM
Com isso me mente encontrei um tema o qual gostaria de trabalhar, envolvia um pouco da mitologia cristã, com os clássicos elementos do apocalipse, anjos, demônios e suas influencias sobre a humanidade, estava tudo bem, estava pronto... mas... foi aí que tudo desandou e eu só percebi no final do processo. Eu me apaixonei pela ideia e simplesmente perdi o controle sobre ela, parecia que eu havia esquecido que estava fazendo um jogo para uma JAM, onde os juízes só iriam jogar 30 minutos, fui desenvolvendo e tecendo um universo pulsante ao redor do projeto, queria desenvolver tudo com calma, contando as coisas com detalhes, derramei enxurradas de textos, cutscenes, personagens, uma criatura apaixonante e descontrolada foi crescendo em minhas mãos e como eu estava imerso, simplesmente não percebi.
Eu consegui colocar tudo o que eu queria naquele projeto, porem o tempo praticamente estourado, me prejudicou um pouco para acertar os detalhes. De uns quarenta e tantos projetos submetidos acabei conquistando uma posição até interessante, se for colocar por ordem de notas, estava em décimo oitavo lugar e a principal crítica era. O jogo tinha um desenvolvimento lento, o jogo era devagar para começar, os juízes só jogariam 30 minutos e tinham muitos outros jogos para jogar, meu game não apresentava uma proposta dinâmica que mostrava para o que tinha vindo, ele foi pensando para ser algo muito maior, não para participar de uma JAM, eu simplesmente havia perdido o controle do projeto e ele cresceu além do que deveria, hoje ele está guardado com carinho e esperando voltar a luz do dia para prosseguir.
Essa experiência da JAM de 2019 me serviu muito bem para sentar e pensar, o que eu havia feito de errado, onde eu tinha errado, não foi fácil admitir que o erro tinha sido ter dado asas grandes demais a criatividade e a inspiração, coisas que sempre me acompanharam a vida toda, mas foi isso que aconteceu, eu não foquei no objetivo correto, que era o evento, foquei no meu próprio ego, em querer apresentar aos juízes algo grandioso e um espaço de tempo e em um evento onde isso não fazia sentido, jogos para uma JAM devem ser certeiros, devem mostrar para o que vieram e cativar rapidamente. Essas lições foram importantes demais para mim como desenvolvedor e refletiram muito em um segundo momento de grande experiência como DEV, que se quiserem posso contar enquanto discutimos estas questões, então seguindo o exemplo do formato da discussão proposta pelo Professor B, abaixo segue duas perguntas.
1 - Você já teve algum projeto que fracassou? Poderia contar essa experiência para nós?
2 - Esse fracasso lhe resultou alguma lição que você aprendeu e que levou para um projeto posterior?
Espero vocês para uma boa troca de palavras escritas.