🤔 Para Refletir :
"Fazer um jogo é um ótimo aprendizado para se notar que normalmente o que é bom não é por acaso e sim fruto de muito planejamento e trabalho."
- Rafael_Sol_MAKER

"Streamers deveriam pagar para os devs por usarem os jogos", diz desenvolvedor de jogos do Google Stadia

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07 de Agosto de 2015
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Alex Hutchinson comentou:
A verdade é que streamers deveriam estar pagando aos desenvolvedores e publishers dos jogos que eles fazem stream. Eles deveriam comprar uma licença como qualquer outra empresa e pagar pelo conteúdo que eles usam.


O diretor criativo da Typhoon Games (comprada pelo Google no ano passado para desenvolver jogos para a plataforma Stadia), Alex Hutchinson, causou polêmica no Twitter ontem ao opinar que streamers deveriam pagar uma licença aos desenvolvedores e publishers dos jogos que eles transmitem. Ele fez um paralelo com a indústria da música, afirmando que streamers "deveriam estar mais preocupados com o fato de que estão transmitindo jogos pelos quais não pagaram [do que em ter seu conteúdo removido por conta de copyright de músicas]".

Alex não fez menção alguma ao fato de que, tecnicamente, os streamers tiveram que pagar para obter o jogo o qual estão transmitindo.
 
Alex não fez menção alguma ao fato de que, tecnicamente, os streamers tiveram que pagar para obter o jogo o qual estão transmitindo.

Eu não concordo com o que o cara disse, mas ele não falou de comprar o jogo, ele falou de pagar uma licença.

No exemplo da música, se você comprar a música no iTunes por exemplo ou Bandcamp isso não te dá o direito de usar ela numa stream por exemplo.

Então comprar o jogo é diferente de adquirir uma licença pra usar ela na sua live.



Mas comparar usar músicas em lives a jogos é bem nada a ver.

Porque a gameplay é SOBRE o jogo, é dedicada a ele. É algo mais especial e consequentemente aumenta a popularidade daquele jogo. Quantos jogos atualmente tiveram a popularidade aumentada de maneira estelar por causa de streamers? Muitos.

Isso é muito diferente da música, porque a live não é sobre a música (pode ser que alguém esteja fazendo live só sobre música, mas difícil), e a música é só algo tocando de fundo ali, não trás popularidade pro produto ou incentiva que as pessoas comprem a música só porque ela tá tocando na live.
 
Eu não concordo com o que o cara disse, mas ele não falou de comprar o jogo, ele falou de pagar uma licença.

(....) by the fact that they're streaming games they didn't pay for as well.

Ele fraseou exatamente desta maneira, insinuando que pagar pelo produto do jogo não é pagar pelo jogo - o que na minha opinião é bem descabido.

Pagar por fazer stream de um jogo seria tão ridículo quanto pagar para tirar uma foto do prato que você pediu no restaurante. Como você disse, os desenvolvedores ganham muito mais dinheiro com a publicidade grátis nas streams do que ganhariam se elas tivessem algum tipo de copyright. Among Us é a prova cabal disso.
 
Eu acredito que deveria haver algum meio legal que proibisse que o jogo ou parte dele fosse reproduzida em outra mídia a menos que o detentor de seus direitos autorizasse. Isso iria acabar com as transmissões de jogos? Talvez sim. Mas daria alguma proteção ao produtor do jogo sob sua própria obra.

Empresas "espertas" não iriam proibir ninguém de fazer publicidade gratuita pra ela. Vale a pena dizer que Nintendo e Sony meio que já praticam esse tipo de coisa. Vale a pena dizer que na Europa já existe a ideia de colocar esse tipo de pratica em ação.
 
Nossa, como o mundo tem se tornado um lugar cada vez mais chato.​
Na minha humilde opinião, isso parece apenas mais uma louca tentativa de lucrar ainda mais com o produto, consequência de uma "inveja" por streamers conseguirem "lucrar" em cima de um jogo e não precisarem repassar qualquer valor aos produtores.​
O criador tem direito autoral sobre a sua obra? Sim, ele tem. Inclusive pode exigir royalties pelo uso do seu produto, comercial ou não. Quanto mais "virtualizado" for o produto, maior a facilidade de restringir o seu uso por meio de Termos de Uso cada vez mais restritos para os usuários. O mesmo ocorre com um bar que decide transmitir o final entre Flamengo e Fluminense no seu estabelecimento. Ele precisa pagar o direito de imagem para a emissora para poder fazer isso. Isso é exigido? Sim, é. Isso é fiscalizado? Bom, essa é uma outra questão...​
Certamente que fiscalizar e exigir os royalties de um streamer (principalmente daqueles que lucram alto) é mais fácil do que fiscalizar e exigir o direito de imagem de um bar no interior de São Paulo.​
Que prejuízos o streamer pode trazer para o criador? Você já deve ter ouvido falar do caso em que a Square Enix derrubou alguns vídeos do YouTube relacionados ao Final Fantasy VII, não? Esse rumor é interessante para refletirmos: até onde o stream de um jogo pode prejudicar uma obra? Quando o stream está relacionado com jogos como Among Us, não temos dúvida que o foco não é o jogo em si, mas sim a atuação e interação do streamer e dos participantes. Jogos como esse são altamente dependentes da participação dos jogadores, e a experiência de uma partida pode - e será - sempre diferente.​
Jogos como Final Fantasy VII e Star Wars Jedi: Fallen Order são estilos de jogos que oferecem uma experiência única ao jogador. Uma experiência única no sentido de que é predominantemente igual para qualquer jogador. Há sim diferenças pontuais, escolhas e formas de jogar diferente, mas, no final, a história entregue é a mesma. Nesse estilo de jogo, o stream pode prejudicar uma parcela da receita dos lucros por quebrar o segredo e a surpresa do roteiro. Por que um jogador compraria um jogo voltado em contar uma história se pode ir até o YouTube e ver todo o GamePlay e conhecer a história de graça? Claro que nesta hipótese o usuário não poderá "jogar" propriamente dito, mas, talvez, o simples conhecimento do jogo seja suficiente para ele aplacar a sua curiosidade e decidir não comprar mais o jogo, afinal, ele já sabe como é a história.​
Isso nos trás mais uma questão: qual o limite da exploração do fator "surpresa"? Você acha justo gastar mais de R$ 200,00 em um jogo que você sequer sabe a quantidade de conteúdo jogável? Ou sem saber se vai gostar da história? Ou sem saber que terá que comprar conteúdos adicionais que servem para complementar o jogo base? Ou ainda que o jogo será vendido por R$ 50,00 em uma promoção no ano seguinte?​
E você acha justo ter que pagar para a produtora do jogo permitir que você mostre aos seus amigos e espectadores como você joga bem (ou mal) determinado jogo?
É importante lembrar que mesmo que o criador do conteúdo (o streamer) não seja remunerado pela divulgação do seu GamePlay, a plataforma escolhida para divulgar irá lucrar com as visualizações, o que torna a situação ainda mais complexa do que era inicialmente. Quem deve pagar os royalties pelo stream? A plataforma ou o streamer?​
Enfim, encerrarei minha reflexão/desabafo por aqui. Esta não é uma questão que possua, no momento, uma resposta "certa", e muita coisa ainda será dita sobre a "lucratividade dos streamers e os royalties", eis que a tecnologia de streaming é ainda muito recente, possui pouco mais de 20 anos de idade.​
Abraços.
 
De maneira categórica. "Se eu paguei pelo jogo, ele é meu para eu jogar, quando, onde e da maneira que eu achar melhor".

Licença funciona da mesma maneira. Seu paguei a licença do jogo eu posso jogar ele quando, onde e da maneira que eu achar melhor.

O produtor detém os direitos autorais e intelectuais da obra que faz com que ele sempre seja mencionado. Não tem como jogar Sillent Hill sem falar da Konami. Não tem como jogar Zelda sem falar da Nintendo.

Cada produtor deve escolher como quer vender seu produto. A EA por exemplo se ela pudesse ela te cobraria por letra escrita dentro do Jogo. Essa atitude faz com que muitas pessoas não tenham apreço pela desenvolvedora.

Se o Streamer comprou o jogo ele tem direito de exibi-lo e usufruir dele da maneira que achar melhor. O desenvolvedor na minha opinião, deve escolher como quer vender seu jogo mas não tem direito de escolher como ele será usado.

Para abstrair melhor, imagine que você compra uma bicicleta Caloi, mas a Caloi vai te dizer que pra sair na rua tem que pagar a taxa extra para ela, mesmo que vc já seja o dono do produto e você só pode andar mas quintas, por que a Caloi quer assim. Apenas para reflexão.
 
De maneira categórica. "Se eu paguei pelo jogo, ele é meu para eu jogar, quando, onde e da maneira que eu achar melhor".

Licença funciona da mesma maneira. Seu paguei a licença do jogo eu posso jogar ele quando, onde e da maneira que eu achar melhor.

O produtor detém os direitos autorais e intelectuais da obra que faz com que ele sempre seja mencionado. Não tem como jogar Sillent Hill sem falar da Konami. Não tem como jogar Zelda sem falar da Nintendo.

Cada produtor deve escolher como quer vender seu produto. A EA por exemplo se ela pudesse ela te cobraria por letra escrita dentro do Jogo. Essa atitude faz com que muitas pessoas não tenham apreço pela desenvolvedora.

Se o Streamer comprou o jogo ele tem direito de exibi-lo e usufruir dele da maneira que achar melhor. O desenvolvedor na minha opinião, deve escolher como quer vender seu jogo mas não tem direito de escolher como ele será usado.

Para abstrair melhor, imagine que você compra uma bicicleta Caloi, mas a Caloi vai te dizer que pra sair na rua tem que pagar a taxa extra para ela, mesmo que vc já seja o dono do produto e você só pode andar mas quintas, por que a Caloi quer assim. Apenas para reflexão.
Por essa lógica eu poderia inserir quantas músicas eu quisesse do meu cantor preferido nos meus vídeos do youtube já que paguei integralmente por todos os dvds que possuo. Ou ainda eu poderia retransmitir filmes pela internet sem me importar com se esrou ferindo direitos autorais já que todos os discos de midia foram comprados e pagos. Ou quem sabe retransmitir a netflix já que estou em dia com a mensalidade....
 
Edit: Clarificado e melhorado.

Claro, os miseráveis não vão perder uma oportunidade de querer tirar uma casquinha desse nicho, enxergando um novo mercado pra eles. Não basta a venda, as microtransações, as lootboxes, os passes de batalha e/ou temporada, a compra dos jogos de novo (no caso do Stadia além de pagar o serviço você ainda tem que comprar o jogo)...

"Ain, mas o jogo é licenciado para um usuário final apenas, ele não é autorizado a ganhar dinheiro encima da nossa propriedade intelectual"

Certo. Então manda fechar todas as locadoras de videogames. Manda fechar todos os fliperamas. Manda apagar todos os canais de YouTube que falam sobre jogos. ACABA COM A ZORRA TODA, QUE EU QUERO VER.

Tem coragem de pedir isso? Já que ninguém é autorizado a ganhar um tostão por conta do grande trabalho que eles prestam divulgando os jogos, isso sem contar todas as comunidades e fandoms que são criados por conta disso.

Ele está é querendo assassinar os produtos deles, isso sim. As empresas só pensam no ganho imediato e não aprendem NUNCA. Esse cara falou por ele, mas ele é apenas sintoma de um problema maior. Quando é que esses cabeças-duras vão aprender como funcionam as comunidades, os fandoms, etc?

Quando eles vão entender que o que eles chamam de IPs são na verdade do domínio de uma grande quantidade de pessoas que investem tempo, dinheiro e cabeça nisso, e por isso mesmo os fãs tem que ser respeitados? O que vejo é detentores de direitos abusando disso (quando muitas vezes quando o criador original não está mais na empresa ou as vezes até morreu) tentando arrancar o máximo de dinheiro disso. Isso abre até espaço para outra discussão que quero trazer depois.

Já mataram os jogos co-op de tela dividida, a experiência de jogar com os amigos se tornou toda online, praticamente, ou seja, já ganham em cópias vendidas pois cada coleguinha tem que ter uma. Desse meio surgiu um nicho inusitado, que veio da necessidade das pessoas de socializar mais as suas jogatinas, como era nos tempos das locadoras e lanhouses.

Faça essa tal 'licença de stream' agora que vocês vão efetivamente matar uma comunidade enorme de streamers menores e concentrar renda nos grandes que possuem meios de pagar e/ou 'oficialmente aprovados', ou seja, ao invés de comunidade democrática, transmissão de jogos vai se tornar a porra de outra indústria canibalesca e ferrenha.

No caso de música ou vídeo dá para entender pois você paga pela experiência de ver ou ouvir, mas jogos, onde você paga pela experiência de jogar, em primeiro lugar? Não faz o menor sentido o que ele falou. Vou colocar +1 no Dogão, o mundo tá de fato se tornando um lugar cada vez mais chato. Fazer jogo que preste, que é bom, nada.

Querem vender as porcarias quebradas o máximo que der até não dar mais e depois largam de mão e movem para o próximo jogo, sem consertar o antigo. Fãs ficam a ver navios sem nunca ter um produto decente e completo. Isso que é o ciclo da indústria, que lucra em cima da frustração dos jogadores com promessas e mais promessas.

Perdão as palavras rudes, galera. Espero que o babaca que falou uma coisa dessas reconsidere as palavras dele.
 
Última edição:
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Que sentido isso fez pra ele eu não sei, mas pagar por uma licença pra poder transmitir um jogo (Mesmo comprando o jogo em si) é tosco. É comum várias empresas mandarem seus jogos antecipadamente pra streamers e youtubers pois certamente essa galera influenciadora está ainda mais próxima da comunidade, é uma forma de marketing mais direcionado. Se isso fosse de fato se tornar uma realidade iria desestimular a galera.
 
Por essa lógica eu poderia inserir quantas músicas eu quisesse do meu cantor preferido nos meus vídeos do youtube já que paguei integralmente por todos os dvds que possuo. Ou ainda eu poderia retransmitir filmes pela internet sem me importar com se esrou ferindo direitos autorais já que todos os discos de midia foram comprados e pagos. Ou quem sabe retransmitir a netflix já que estou em dia com a mensalidade....

Exatamente, @DadoCWB se você pagou por algo, você pode usar quando e como quiser. Pois você não está "adquirindo" para si a criação, ou o direito autoral, ou produzindo um cópia, está apenas utilizando como recurso (perceba que os direitos autorais não estão sendo usados para punir "plágio" e sim o "uso" do recurso).

Veja bem, eu acho ridículo você ter que deletar seus videos por direitos autorais de música, não assisti nenhum de seus vídeo (disponibiliza o link por favor do seu canal para eu me inscrever), mas eu tenho CERTEZA de que em nenhum deles você disse "Essa musica ai que está tocando de fundo pessoal, fui eu que fiz". rsrsrsrs Se você fez isso, dai eu concordo que deveria tomar strike.

Essa discussão de direitos autorais (Não por plágio de obra mas pelo uso da obra como recurso) em cima de músicas e agora em cima de jogos é tão vazia e boba que eu acho que deveria ser apagada da mente das pessoas.

Eu tenho um podcast e coloco vários fundos musicais e efeitos sonoros de vídeo games e outras obras, músicas e efeitos que obviamente não são minhas composições, servem apenas para "ilustrar", ter preenchimento em espaços de voz, mas a música é tão secundária que eu poderia tranquilamente eliminar ela, visto que a pessoa não ouve um podcast de 90 min por causa de uma musica de 3 min...

Eu não deleto, nem vou deletar nenhum EP meu podcast por causa disso. E em um mundo perfeito, você não teria que ter deletado nenhum vídeo seu, por causa disso também. Quem sai perdendo é quem consome o produto, o produtor de conteúdo deixa de usar o recurso pois se sente vetado e o artista perde a divulgação gratuita do produto dele, afinal assistir você jogando Super Mario World não me faz pensar que você fez o jogo, me faz pensar em comprar o jogo da Nintendo.

Então, na minha opinião se tem alguém que deveria pagar algo é quem está recebendo a divulgação do seu produto, no caso a "produtora deveria pagar para o streamer" jamais o contrário.
 
Discordo bastante da opinião da maioria pelo simples fato de que considero que é o autor (ou quem detém os direitos de uma obra) é quem deve decidir como quer que ela seja difundida. E falo isso não por que eu seja um liberal tecnocrata, mas por que estamos inseridos nesse modelo de sociedade: liberal e capitalista. Se alguém me perguntar posso sugerir um modelo melhor....

Partindo dessa premissa a experiência do jogo vai muito além de "movimentar o curso na tela". Jogos são um tipo de "multimídia" que pode ter foco em diversos tipos de experiências.

O problema é que estamos acostumados (principalmente no Brasil) a achar que "na internet tudo é permitido" quando na verdade não é e nunca deveria ser. É mais do que justo que se alguém que fazer "streamar" um jogo, essa pessoa deveria no mínimo ter autorização do autor para isso. O fato dela ter "comprado" uma licença pra jogar não dar necessariamente o direito dela fazer o que quiser com a obra. Por mais que ela tenha a midia física, o jogo não é a mídia.

Inclusive você pode ser processado pelo autor se a maneira como a qual você utiliza uma obra causar prejuízos ao autor ou à imagem da obra.

Isso é ruim para a gente? Talvez seja, mas é o justo. Isso é ruim para as produtoras? Não sei. O fato é que É O AUTOR quem deveria definir se deseja que sua pode ou não ser veiculada de qualquer forma que seja. E é por isso que deveriam haver Leis que garantissem esse direito.

O "engraçado" é que os mesmos youtubers que fazem vídeo de jogos sem autorização da produtora/autor dão strike em outros canais que reproduzem os seus próprios vídeos. Não é estranho um youtuber achar que tem o direito de fazer live de um jogo que não é de sua autoria e ao mesmo tempo "querer proteger seu próprio conteúdo?
 
Discordo bastante da opinião da maioria pelo simples fato de que considero que é o autor (ou quem detém os direitos de uma obra) é quem deve decidir como quer que ela seja difundida. E falo isso não por que eu seja um liberal tecnocrata, mas por que estamos inseridos nesse modelo de sociedade: liberal e capitalista. Se alguém me perguntar posso sugerir um modelo melhor....

Partindo dessa premissa a experiência do jogo vai muito além de "movimentar o curso na tela". Jogos são um tipo de "multimídia" que pode ter foco em diversos tipos de experiências.

O problema é que estamos acostumados (principalmente no Brasil) a achar que "na internet tudo é permitido" quando na verdade não é e nunca deveria ser. É mais do que justo que se alguém que fazer "streamar" um jogo, essa pessoa deveria no mínimo ter autorização do autor para isso. O fato dela ter "comprado" uma licença pra jogar não dar necessariamente o direito dela fazer o que quiser com a obra. Por mais que ela tenha a midia física, o jogo não é a mídia.

Inclusive você pode ser processado pelo autor se a maneira como a qual você utiliza uma obra causar prejuízos ao autor ou à imagem da obra.

Isso é ruim para a gente? Talvez seja, mas é o justo. Isso é ruim para as produtoras? Não sei. O fato é que É O AUTOR quem deveria definir se deseja que sua pode ou não ser veiculada de qualquer forma que seja. E é por isso que deveriam haver Leis que garantissem esse direito.

O "engraçado" é que os mesmos youtubers que fazem vídeo de jogos sem autorização da produtora/autor dão strike em outros canais que reproduzem os seus próprios vídeos. Não é estranho um youtuber achar que tem o direito de fazer live de um jogo que não é de sua autoria e ao mesmo tempo "querer proteger seu próprio conteúdo?

Isso é bastante controverso no ponto de vista do youtubers (exemplo que você citou), sim eu vejo diversos youtubers grandes reclamando de direitos autorais e strikes e eles mesmos fazerem isso contra os menores por usarem a "imagem deles", youtube é o reino da hipocrisia rsrsrs.

Quanto a obra, quando eu digo "fazer o que quiser" eu estou falando do âmbito da obra, para o que ela foi feita - você compra um jogo para jogar - você pode mostrar você jogando o jogo, pois você comprou o jogo para esse fim, comprou essa experiência e efetivamente está fazendo isso. Então não vejo problemas ou "ofensas" a direitos do autor nisso, já que se ele fez um jogo acredito eu que ele queira que o maior número possível de pessoas conheçam a obra, para ele vender mais e ter mais sucesso, na verdade é bem simples, se você não quer ninguém compre ou mostre os seu jogo, não venda ele publicamente, distribua ele com uma licença onde somente possa ser jogado pelas pessoas que você queira (sinceramente eu não entendo para que alguém quer desenvolver algo para que não seja visto, mas ai cada um é cada um, né?).

Existem diversos tipos de licença que podem ser usadas, basta escolher e pagar por aquela que o autor deseja, se alguém vai querer comprar um jogo que ele "não pode mostrar ou vai ter que pagar diretos autorais", ai já é outra história, eu jamais compraria. Mas, como eu sempre digo, o mundo está aí pra gente se surpreender com ele.
 
Agora você tocou em um ponto interessante que reflete uma mudança de paradigma grande. Vou bancar o "tiozão véio" : Sou d euma geração que o que importava para a gente era "jogar o jogo". A gente jogara '"pra gente". Quando eu queria socializar eu ira pra rua conversar com a galera ou jogar bola.

A mudança de paradigma vem do fato de que ao que percebo, quem joga hoje joga mais pra mostrar aos outros o que está jogando do que para "jogar o jogo". Ao que parece o que vale hoje é exibir sua gameTag, ou mostrar que "é foda" no jogo x ou y.

Então da ótica dessa minha ótica que talvez esteja ultrapassada a pessoa deveria comprar o jogo pra se divertir e não divertir os outros. A menos é claro que esse seja o próposito ( e espero que a pessoa esteja sendo remunerada por isso, já que ninguém deveria trabalhar de graça).

Existem diversos tipos de licença que podem ser usadas, basta escolher e pagar por aquela que o autor deseja, se alguém vai querer comprar um jogo que ele "não pode mostrar ou vai ter que pagar diretos autorais", ai já é outra história, eu jamais compraria. Mas, como eu sempre digo, o mundo está aí pra gente se surpreender com ele.

Partindo dessa tua ideia eu não vejo problema em se cobrar para que o produtor de conteúdo pague pelo jogo que quer usar em seu conteúdo e provavelmente lucrar com isso. Da mesma forma que haverão os produtores que irão cobrar, existirão aqueles que não irão fazê-lo. Basta o stramer escolher o jogo que não cobra e tá tudo certo.

Outrp fato curioso é que tem 1 zilhão de jogos "pequenos e descocnhecidos" mas ninguém quer fazer live desses jogos. Eu vejo diáriamente a dificuldade que os desenvolvedores independetes tem de fazer o público conhecer seu jogo porque "nenhum" youtuber quer fazer vídeo de jogo pequeno.
 
Agora você tocou em um ponto interessante que reflete uma mudança de paradigma grande. Vou bancar o "tiozão véio" : Sou d euma geração que o que importava para a gente era "jogar o jogo". A gente jogara '"pra gente". Quando eu queria socializar eu ira pra rua conversar com a galera ou jogar bola.

A mudança de paradigma vem do fato de que ao que percebo, quem joga hoje joga mais pra mostrar aos outros o que está jogando do que para "jogar o jogo". Ao que parece o que vale hoje é exibir sua gameTag, ou mostrar que "é foda" no jogo x ou y.

Então da ótica dessa minha ótica que talvez esteja ultrapassada a pessoa deveria comprar o jogo pra se divertir e não divertir os outros. A menos é claro que esse seja o próposito ( e espero que a pessoa esteja sendo remunerada por isso, já que ninguém deveria trabalhar de graça).



Partindo dessa tua ideia eu não vejo problema em se cobrar para que o produtor de conteúdo pague pelo jogo que quer usar em seu conteúdo e provavelmente lucrar com isso. Da mesma forma que haverão os produtores que irão cobrar, existirão aqueles que não irão fazê-lo. Basta o stramer escolher o jogo que não cobra e tá tudo certo.

Outrp fato curioso é que tem 1 zilhão de jogos "pequenos e descocnhecidos" mas ninguém quer fazer live desses jogos. Eu vejo diáriamente a dificuldade que os desenvolvedores independetes tem de fazer o público conhecer seu jogo porque "nenhum" youtuber quer fazer vídeo de jogo pequeno.

Agora você falou duas coisas que eu achei extremamente pertinentes:

1) Mudança de Paradigmas sobre o jogo - Sim, como o mundo vê os jogos mudou faz tempo (não sei se você deu uma olhadinha no livro do nosso amigo @BENTO sobre como era ser gamer antes do advento da internet) se leu você top, se não leu ainda dá uma olhada leitura muito boa vale a pena (faço merchan mesmo pq tá foda) - Sou o tipo de pessoa que faz as coisas pq gosta, e externalizo elas por que quero, não para mostrar para os demais, como se querendo me tornar o "centro" das atenções fosse o objetivo, mas pq me sinto bem externalizando as coisas, como por exemplo escrevendo aqui nesse fórum que amo tanto, falando em meu podcast que atualmente é a minha maior paixão, então imagino que para os streamers isso deva acontecer meio que parecido (novamente isso muda de pessoa para pessoa), mas eu concordo com vc que o jeito de se jogar e se comunicar mudou completamente. Isso é fato. Contra fatos não há argumentos.

2) Os grandes não se importam com os Pequenos: Isso é triste, na real é uma coisas mais tristes do assunto que começamos aqui. Não precisa ir muito longe pra ver que é injusta a forma como as coisas funcionam no mundo entretenimento de jogos. Você como produtor procura mostrar seu game, envia para o veículo (streamer, plataforma, produtor de conteúdo) e esbarra em coisas como "Eu só jogo os grandes jogos/jogos de hype", "Sua produtora é grande?", "Agradeço seu envio mas só jogo atualmente jogo X". Então é complicado, as produtoras de hoje quem tem visibilidade quer se aproveitar disso para lucrar ainda mais (Compra o meu jogo, e paga para mostrar meu jogo também) e quem não tem visibilidade fica no triangulo invertido (Envia a Key de graça e paga para divulgar ainda).

Mistérios do universo.
 
Eu acredito que mais do que "a visão do mundo" sobe os jogos o que mudou principalmente foi a maneira coo os jogadores veem a si mesmos e os próprios jogos. Não raro vejo "jogadores" defenderem os interesses de empresas como se fossem os seus. Não raro vejo jogadores 'batendo no peito" e se dizendo fã ao invés de se colocarem como cliente dessas empresas.

Ontem mesmo estavam subindo uma tag no Twitter para "abaixar o imposto dos jogos", como se esse fosse o problema do fato dos jogos AAA estarem cada vez mais caros. Como se não se pudesse viver sem os jogos AAA. Costumo falar que apesar dos jovens de hoje "serem mais adeptos" à tecnologia do que a minha geração, não foram os jovens de hoje que estabeleceram essa tecnologia. Foi a minha geração que inclusive criou essa mudança que em minha opinião é um pouco perigosa, do ponto de vista que ela distorce o papel do jogo e do jogador.

A fala de de Alex Hutchinson reflete bem isso: é o dono da tecnologia quem está dizendo que deveriam pagar pelo uso dela, independente da forma desse uso. Eu, como usuário não tenho o direito de dizer ao autor como ele deve cobrar por sua obra. E francamente estamos no elo mais fraco dessa corda. A única resposta que os capitalistas entendem é quando essa resposta toca seu bolso. Se não queremos essa imposição, paremos de comprar o serviço.

https://twitter.com/BangBangClick?r...desenvolvedor-de-jogos-do-google-stadia.6274/
 
Vou pegar um recorte menor aqui pra desenvolver meu raciocínio.
Discordo bastante da opinião da maioria pelo simples fato de que considero que é o autor (ou quem detém os direitos de uma obra) é quem deve decidir como quer que ela seja difundida.
[...]
Me permita, por favor, discordar da sua discordância. Eles tem bem direito de fazerem o que quiserem com sua obra, até o limite da sua esfera de ação, ou seja, são livres para difundir ela como quiserem. Agora querer interferir totalmente na forma que o usuário faz do uso público ou privado disso, talvez até não seja ilegal (não sei, pois essa é uma área cinzenta), mas é uma baita sacanagem, para não dizer palavra bem pior.

Eu entendo que quem dá o uso final de determinada obra é sempre o usuário final. Se eu quiser usar minha cuecas de pano de prato ou camisas para passar pano no chão, a empresa não deveria ter o direito de interferir de maneira a impedir isso. A gente não pode dar super poderes para esse pessoal, que no fim já é poderoso demais e detém a quase totalidade dos direitos já assegurada.

A gente vota com a carteira, mas isso quer dizer que deve haver um acordo justo entre as partes que nenhuma abuse, e tem coisas mínimas que tem que estar asseguradas a nós pagantes, não dá pra ficar tudo na onda de "ah, não gostou, não compre", pois essa seria uma prática anti-consumidor. Como nem sempre tem como inferir tudo de antemão a respeito de qualquer coisa que você compre, aliás; é preciso de leis para poder proteger o consumidor de ser enganado pelas empresas, comprando gato por lebre.

Tem que haver um limite regado pelo bom senso: Contanto que o usuário esteja fazendo uso justo (ex, o próprio fair use: para fins de crítica, sátira, documentário, etc.) e não esteja fazendo uso que de alguma forma *comprovada* e *intencionalmente* danifique a imagem ou reputação da empresa, produto ou pessoas envolvidas, e/ou causando perdas a ela sem a menor justificativa (ex: pirataria).

Se eu compro o jogo ele é um bem, uma propriedade que está em minha posse, que teve uma cópia transferida pra mim. Obviamente eu não viro dono do jogo (enquanto propriedade intelectual, que me permita criar e replicar ela sem restrições), mas sou efetivamente dono da minha cópia do jogo. O jogo é um bem, se tentarem tratar ele feito um serviço, aí a coisa fica feia. Mas esse é assunto pra outra hora. Mas eu filosofei um pouco adiante...

Eu falei de fandoms e comunidades na minha postagem por que, afinal, um jogo sem jogadores não é um jogo, é apenas um monte de bits e bytes gravados em algum lugar que não significam nada se ninguém não os jogar. Eu acredito que os fandoms de certa franquia até certo grau também são donos da obra como já expliquei, e claro, podem não ter o direito de explorar a propriedade como forma de ganho monetário (é para isso que serve a lei de direitos autorais e de cópia), mas tem que ter o direito de comunicação da obra e fair use também, até por que isso está no interesse de ambas as partes, e ninguém vai assinar um NDA para cada jogo que jogar.
O "engraçado" é que os mesmos youtubers que fazem vídeo de jogos sem autorização da produtora/autor dão strike em outros canais que reproduzem os seus próprios vídeos. Não é estranho um youtuber achar que tem o direito de fazer live de um jogo que não é de sua autoria e ao mesmo tempo "querer proteger seu próprio conteúdo?
Se for levantar o caso daquela Youtuber famosa de react que deu todo um rolo, bom, o nome disso é hipocrisia barata.

Mas só reforçando: lembremos que jogos não se jogam sozinhos, eles são uma experiência única *E* que é interativa a cada jogador, ao contrário de um livro que sempre terá as mesmas palavras mesmo que a experiência mude de leitor pra leitor. Dizendo de outra forma, um jogo se faz jogo enquanto é jogado, ao contrário de livros que sempre serão estáticos, com as mesmas palavras, formas e figuras. Se não for jogados, são apenas arquivos de dados (no caso de jogos digitais), então estamos falando de coisas diferentes: A experiência de ler ou assistir é essencialmente diferente da de jogar, isso mesmo que um jogo contenha textos e vídeos.

Se eu faço, sei lá, uma análise de um jogo, aquelas palavras são minhas e devem ser protegidas e asseguradas, contanto que, obviamente, eu não esteja ganhando injustamente em cima disso ou causando prejuízos às empresas envolvidas. Então sim, uma transmissão minha pode ser considerada como conteúdo meu, pois a empresa me vendeu o direito de jogar, não o de transmitir ou não, a partida do jogo, como fazem com futebol. Se quiserem mexer nesse último vão essencialmente estar traindo todo o propósito dos jogos.
 
Última edição:
Fico contente que não concorde com o meu ponto de vista. Se fosse assim essa conversa acabaria de forma bastante precoce. Creio que você falou algumas verdades que vale serem ressaltadas:

O objetivo final do jogo é ser jogado. Bem como o objetivo final do livro é ser lido. São duas experiências diferentes, ler e jogar. Contudo quero lembrar que "Jogar" é um termo que muitas vezes é inaproriado á que muitos jogos propõe diferentes formas de jogar.

Tive a oportunidade de experimentar um "jogo" que consiste em apertar um botão dos botões de uma caixa de 6 lados. Conforme o botão apertado a caixa reproduz uma gravação (apenas audiível) de um história. É um "jogo/console" para deficientes visuais baseado em sons.

Outro "jogo" que tem uma proposta "diferente" que eu poderia citar é o Shan Gui. Ele é unicamente uma história linear contada por texto entre a exibição de uma imagem ou outra. É uma visual Novel Visual Linear, onde "jogar" consiste apenas em imergir naquele mundinho e informar ao "programa" quando você quer ler a próxima mensagem.

Nesses dois exemplos eu quero que atente para que jogar não significa nescessáriamente "jogar" nos termos tradicionais. Já faz tempo que jogo deixou de ser enquadrar no conceito tradicional para assumir o a forma de hipermídia. Logo, "jogos" não precisam nescessáriamente de interação ativa.

A indústria música protege com unhas e dentes o seu produto. Jogos contém música/efeitos sonoros então por que não podem ser protegidos?
A industria cinematográfica protege seus "filmes". Jogos contém cenas (animadas ou não) que podem inclusive contar com dublagem. Por quê isso não pode ser protegido assim como no cinema?

Quando você diz que jogos são um mero conjunto de códigos (bits) que não significam nada quando alguém não o estar utilizado, eu penso que essa é um visão muito triste e com a qual eu tenho que discordar veementemente. Códigos de computador, assim como música ou cinema, são trabalho de pessoas (ainda é ao menos por enquanto). Quando alguém cria por exemplo um script para RPG MAKER, você pode até achar que aquilo não tem o mérito de um uma música música de ou filme, mas de maneira alguma esse amontoado de bits deixa de ser o que é apenas por que alguém não está usando. Códigos de computador devem ser tão protegidos quanto qualquer outra produto.

Eu não posso de maneira nenhuma concordar que quem decide o uso de um produto é o consumidor. Na intimidade da sua casa, você pode usar o produto da maneira que quiser (até mesmo que adquirí-lo ilegalmente se for o caso). Mas publicamente a maneira como você usa o produto deve respeitar as diretrizes do autor. E se este achar que a maneira com a qual o você está usando o produto é inapropriada e causa prejuízos ao autor ou à marca/imagem do produto, ele tem sim direito de contestar o uso que você está dando à obra dele.

Quando um youtuber usa um jogo que não foi ele quem criou para ganhar dinheiro exibindo o conteúdo do jogo publicamente, caso a licença do jogo não concorde com isso, ele está violando os direitos do autor. Um exemplo bem prático disso são os script que a comunidade RPG MAKER produz : Muitos são livre para uso pessoal, mas se você quiser usar o script comercialmente deve cumprir determinadas regras (as vezes pagar pela licença de uso comercial).

E quem faz esses plugins está errado? Eu volto a dizer que é o autor quem define o uso da obra. O youtuber que faz live de jogos está usando comercialmente obra de outra pessoa para ganhar dinheiro. Nesses casos, se o autor desejar, ele deveria cobrar do youtuber a licença de uso comercial de sua obra.

Jogos não são bens. Como você mesmo pontuou, o jogo "ideia" que só acontece quando está sendo jogada. O bem pode ser a mídia onde essa ideia acontece (um dvd/console por exemeplo). E lembro que estamos migrando para o modelo de serviço e para a extinção da mídia física. Acredito com bastante entusiasmo que em alguns anos esse amontado de aparato físicos serão relíqias de museu sem valor de mercado. Isso vai ser legal por que finalmente vamos compreender que não importa se você jogar num Playstation ou XBOX, o importante é o jogo e não o console. Assim como o importante é o "alimento congelado" do picolé e não o palito.

Posso sugerir por fim que caso tenha algum DVD musical de algum artista famoso em casa, faça uma live qualquer e depois que tomar strike por violação de direito autoral tente argumentar que você pagou pelo DVD e portanto faz dele o que bem quiser. A mesma lógica deve se aplicara a qualquer produto.

Não quero dizer pra você que eu sou a favor disso tudo da meneira que o é. Digo apenas que essas são as regras do jogo. Vivemos em uma Democracia Liberal Capitalista. Não devemos esperar que bondade das empresas. Empresas não tem objetivo de serem bondosas. Elas objetivam o lucro. Como diz o Marcel do Minicastle: "CNPJ não tem coração". Se a gente que mudar alguma coisa, é preciso contestar as raízes e não as folhas.
 
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Um salve novamente, DadoCWB! Sua opinião é muito interessante e entendo onde quer chegar. É onde também quero, mas estamos pegando caminho diferentes. Me permita comentar seu comentário mais uma vez!

Tive a oportunidade de experimentar um "jogo" que consiste em apertar um botão dos botões de uma caixa de 6 lados. Conforme o botão apertado a caixa reproduz uma gravação (apenas audiível) de um história. É um "jogo/console" para deficientes visuais baseado em sons.

Outro "jogo" que tem uma proposta "diferente" que eu poderia citar é o Shan Gui. Ele é unicamente uma história linear contada por texto entre a exibição de uma imagem ou outra. É uma visual Novel Visual Linear, onde "jogar" consiste apenas em imergir naquele mundinho e informar ao "programa" quando você quer ler a próxima mensagem.

Nesses dois exemplos eu quero que atente para que jogar não significa necessariamente "jogar" nos termos tradicionais. Já faz tempo que jogo deixou de ser enquadrar no conceito tradicional para assumir o a forma de hipermídia. Logo, "jogos" não precisam necessariamente de interação ativa.
Cara, sou forçado a discordar. Você pode pegar qualquer livro de game design por aí, que fale de jogos analógicos ou digitais. O que define todo e qualquer jogo é a interatividade, um conjunto de regras, e escolhas 'interessantes', com finalidade da pessoa, de forma voluntária, se engaje em um conflito fictício ou brincadeira.

Se não possuir esses elementos, sou forçado a entender que isso não é um jogo, por mais que se use de alguma estética desses. Acredito que esses citados estão mais para hipermídia mesmo, tal como um website, que tem interatividade, mas nada além disso. Então aqui é questão de definição, esticar demais o conceito de jogos não ajuda na concepção exata do que torna um jogo um jogo e isso não ajuda a estudá-los e entendê-los!

A indústria música protege com unhas e dentes o seu produto. Jogos contém música/efeitos sonoros então por que não podem ser protegidos?
A industria cinematográfica protege seus "filmes". Jogos contém cenas (animadas ou não) que podem inclusive contar com dublagem. Por quê isso não pode ser protegido assim como no cinema?
Então, eu acredito que depois da gente já concordar que são coisas essencialmente diferentes, essa é uma comparação um tanto quanto injusta! A indústria da música e do cinema apenas ganham quando uma pessoa está disposta a pagar para poder ver e/ou ouvir aquilo que eles produzem, uma vez que a pessoa já viu/ouviu aquilo, já era. Enquanto em um jogo o valor está em jogar, que não é uma coisa que está sendo transferida em uma transmissão típica de Twitch.

Quando você transmite no Youtube você está essencialmente transmitindo sua experiência de jogar, não o jogo em si, ao contrário de quando você coloca uma música autoral no fundo na qual a música em sua totalidade está sendo transferida. Isso me parece meio óbvio dizer, mas você entende, né?

Agora OK, um jogo pode conter imagens e sons copyrighteados e eles terem preocupação, sabe-se lá por que motivos, de privar a transmissão disso, mesmo isso não sendo o foco (são na verdade adicionais para ajudar a vender o jogo, gráficos e sons o tornam apenas mais marketável). Beleza, vamos supor isso. Então se eu por exemplo fizesse a transmissão, sei lá, de um jogo de Banco Imobiliário, mas trocasse essencialmente as imagens copyrighteadas por outras livres, mas ainda seguisse as mesmas regras, como ficaria a situação pra você? Honestamente queria saber a resposta dessa.

Quando você diz que jogos são um mero conjunto de códigos (bits) que não significam nada quando alguém não o estar utilizado, eu penso que essa é um visão muito triste e com a qual eu tenho que discordar veementemente. Códigos de computador, assim como música ou cinema, são trabalho de pessoas (ainda é ao menos por enquanto). Quando alguém cria por exemplo um script para RPG MAKER, você pode até achar que aquilo não tem o mérito de um uma música música de ou filme, mas de maneira alguma esse amontoado de bits deixa de ser o que é apenas por que alguém não está usando. Códigos de computador devem ser tão protegidos quanto qualquer outra produto.
Esse caso aqui não é questão de proteção ou não, mas sim de realidade objetiva. Eu posso pegar alí um tabuleiro de madeira, umas peças de plástico e isso é exatamente o que são, apenas um amontoado de matéria sem significado nenhum. Aquilo só se torna um jogo a partir do momento que ganha as regras e os jogadores. Já um livro, mesmo que ninguém esteja o lendo, sempre vai ser um livro.

Não estou dizendo que o trabalho das pessoas não deve ser protegido, eu escrevo códigos, sei bem o trabalho que dá fazer aquilo que muitas vezes as pessoas nem veem e valorizam. Não é esse o caso aqui, OK? Você fala de proteção como se transmitir essencialmente estivesse desprotegendo ou privando alguém do resultado dos seus trabalhos, quando é exatamente o contrário. Uma transmissão de um jogo é uma baita divulgação gratuita, só assim jogos como Fall Guys e até o antiguinho Among Us ganhassem a boca do povo.

Eu não posso de maneira nenhuma concordar que quem decide o uso de um produto é o consumidor. Na intimidade da sua casa, você pode usar o produto da maneira que quiser (até mesmo que adquirí-lo ilegalmente se for o caso). Mas publicamente a maneira como você usa o produto deve respeitar as diretrizes do autor. E se este achar que a maneira com a qual o você está usando o produto é inapropriada e causa prejuízos ao autor ou à marca/imagem do produto, ele tem sim direito de contestar o uso que você está dando à obra dele.
[...]
Eu volto a dizer que é o autor quem define o uso da obra. O youtuber que faz live de jogos está usando comercialmente obra de outra pessoa para ganhar dinheiro. Nesses casos, se o autor desejar, ele deveria cobrar do youtuber a licença de uso comercial de sua obra.
O que eu acho é que o autor pode é ***sugerir***, não definir estritamente. Então, contanto que não faça nenhum mal pra empresa, elas não tem motivo pra interferir, mas se o consumidor faz algo potencialmente danoso, OK, as empresas podem tomar ação. Como transmitir jogos não fere nada (muito pelo contrário, comprovadamente beneficia) eu acho que elas não teriam pra que ter esse direito que é baseado apenas no "eu quero", ou seja, em nada objetivo além da vontade da indústria de arrancar mais uma casquinha.

Agora, vamos com cuidado aqui. Ganho comercial com a obra pode querer dizer muitas coisas. Se eu abro um mercadinho eu vou estar literalmente ganhando em cima de fazer uso comercial dos produtos de terceiros. Claro, o que eu não posso é do nada começar a empacotar biscoito no quintal e vender com o nome Passatempo ou Negresco.

Da mesma forma acredito que é justo transmitir jogos, pois essencialmente não estou modificando e vendendo como se fosse meu, estou apenas disponibilizando o serviço de fazer propaganda dele e ganhando uma fração por isso, pois no final o que deve importar pra empresa é a venda do jogo, que é o produto final deles. Por isso que falei se eles inventarem essa coisa de querer cobrar licença pra transmitir, perdão a palavra, uma extrema filhadaputisse querer tornar a divulgação interpessoal (Que está mais para um boca a boca do que pra pirataria) num negócio só por que eles querem arrancar absolutamente cada centavo possível dos jogadores.

Jogos não são bens. Como você mesmo pontuou, o jogo "ideia" que só acontece quando está sendo jogada. O bem pode ser a mídia onde essa ideia acontece (um dvd/console por exemeplo). E lembro que estamos migrando para o modelo de serviço e para a extinção da mídia física. Acredito com bastante entusiasmo que em alguns anos esse amontado de aparato físicos serão relíqias de museu sem valor de mercado. Isso vai ser legal por que finalmente vamos compreender que não importa se você jogar num Playstation ou XBOX, o importante é o jogo e não o console. Assim como o importante é o "alimento congelado" do picolé e não o palito.

Posso sugerir por fim que caso tenha algum DVD musical de algum artista famoso em casa, faça uma live qualquer e depois que tomar strike por violação de direito autoral tente argumentar que você pagou pelo DVD e portanto faz dele o que bem quiser. A mesma lógica deve se aplicara a qualquer produto.
Não, cara, o jogo é um bem, não estou falando da mídia física que o contém, mas sim o conteúdo de fato. Isso em leis de vários países, inclusive esse é o motivo de em alguns lugares você ter uma cópia para uso pessoal ser considerado backup e não pirataria. Que a indústria obviamente está migrando para o modelo de stores como Steam ou GaaS (jogos como serviço) onde as pessoas vão progressivamente perdendo seus direitos sobre os jogos enquanto bens, isso é outro assunto, e outro problema bem maior que esse. Tem um vídeo interessante que fala sobre GaaS, em inglês, no canal Accuserd Farms, que recomendo assistir a respeito.

Mas sim, jogos podem ser jogados como bens ou como serviços, mas isso essencialmente não muda o que os jogos são. Se eu compro meu próprio tabuleiro de War ou alugo um, efetivamente posso jogar dos dois jeitos, não há nada de errado nisso. Já o caso do DVD de novo cai no exemplo de que é uma comparação injusta.

Não quero dizer pra você que eu sou a favor disso tudo da meneira que o é. Digo apenas que essas são as regras do jogo. Vivemos em uma Democracia Liberal Capitalista. Não devemos esperar que bondade das empresas. Empresas não tem objetivo de serem bondosas. Elas objetivam o lucro. Como diz o Marcel do Minicastle: "CNPJ não tem coração". Se a gente que mudar alguma coisa, é preciso contestar as raízes e não as folhas.
Concordo 100%. Por isso mesmo temos que impedir que as empresas se achem no direito demais, atropelando o bom senso.

Um grande abraço!
 
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