É um projeto bastante ousado. Tanto na narrativa, quanto na jogabilidade. A parte gráfica é muito bonita, cheia de efeitos e com bastantes animações fluidas e impecáveis. A trama é boa o suficiente para provocar o jogador a seguir com a história. O grande obstáculo está nas escolhas de game design. O jogo é pouco intuitivo. Provavelmente você irá se perder na primeira caverna do jogo, e isso ocorre em virtude de que o progresso do jogo só se dá se você seguir um caminho pré-determinado exato, mas o jogo não lhe informa qual é o caminho ou se você fez algo errado. Detalhe, se você seguir o caminho errado, o único jeito de progredir o jogo é resetando o mapa, e nem isso é avisado ao jogador. Outra grande frustração se dá com a visão extremamente reduzida do jogador neste primeiro mapa, mesmo que você use a tocha, a diferença será mínima e você terá um tempo muito reduzido para reagir e, consequentemente, irá morrer. Principalmente no primeiro chefe, que é capaz de combar um ataque e jogar você na armadilha, retirando dois dos três corações que você possui de vida. Se você morrer, você ficará ainda mais frustrado, pois, apesar de uma linda tela de abertura, você não pode pular ela, sendo obrigado a ver as letras surgindo na tela por alguns minutos. Por isso, o design do jogo é extremamente frustrante, o que é uma pena, pois o jogo parece contar uma grande história, mas há um grande obstáculo arbitrário do design que impede o jogador de desfrutar, não por uma questão de habilidade, mas sim por uma questão de limitação de resposta. O projeto possui muitos méritos, os textos são muito bem escritos, as animações são bastante agradáveis e o próprio sistema de batalha é muito bem executado. Como ainda não está concluído, há sempre a possibilidade de ser revista algumas opções de game design para tornar o jogo mais jogável e, com isso, tornar o jogo ainda melhor.